Délio Jasse
n. 1980 em Luanda, Angola, vive e trabalha em Milão, Itália.
No seu trabalho fotográfico, Jasse junta imagens encontradas a traços de vidas passadas (fotos tipo passe, álbuns de família) para criar ligações entre a fotografia – nomeadamente o conceito da “imagem latente” – e a memória. Jasse é conhecido por experimentar com processos de fotografia analógica, incluindo o cianótipo, platina e processos de impressão antigos como o “Van Dyke Brown”, além de desenvolver técnicas próprias de impressão. Os processos analógicos que Jasse utiliza conferem ao seu trabalho um carácter monotípico, subvertendo a reprodutibilidade do meio fotográfico através da intervenção directa sobre suportes não convencionais e aplicação de emulsão com notas cromáticas.
Exposições recentes incluem: The Walther Collection Project Space, NY (2016); exposição internacional da Bienal Dak’art (2016); Pavilhão de Angola, 56ª Bienal de Veneza (2015); uma exposição individual na smac Gallery, Cidade do Cabo (2015). Exposições colectivas na Tiwani Contemporary, Londres (2015), Savvy Contemporary, Berlim (2013) e Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (2013). Foi um dos três finalistas do Prémio de Fotografia BES (2014) e ganhou o Prémio de Arte Iwalewa em 2015. O seu trabalho está actualmente a ser apresentado em Historias Recentes: Fotografia e Vídeo Arte Contemporânea Africana na The Walther Collection, Neu-Ulm, Alemanha, bem como em Afrique Capitales, comissariado por Simon Njami, em La Villette, Paris e Lille 3000, Gare Saint Sauveur, Lille.