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Caminho para as Estrelas – Mónica de Miranda

7 Sep, 2022 - 12 Nov, 2022

De Terça a Sexta. Das 12h às 19h

Sábado das 11h às 19h

 “all sarrows can be borne if you put them into a story and tell a story about it”

Isak Dinesen

“Caminho Para As Estrelas” reúne um novo conjunto de obras de Mónica de Miranda, artista cuja prática interdisciplinar investiga convergências entre política, identidade, gênero, memória e lugar, assim como complexidades da construção identitária dentro de suas próprias geografias de afeto. O projeto multidisciplinar articula-se em torno de três eixos de investigação complementares: continuidades e descontinuidades da história, criando um paralelo entre as lutas de libertação em África e as lutas da diáspora; as lutas das mulheres ao longo da história e uma reflexão sobre o Antropoceno.

A exposição é construída em torno de uma peça central, o filme “Caminho Para As Estrelas”, rodado ao longo do rio Kwanza, o mais longo de Angola e berço do reino do Ndongo. Através da vitalidade e força da mãe natureza cria-se uma analogia entre o corpo e o território – o rio está intrinsecamente relacionado à história do Atlântico, sendo o território o primeiro corpo a ser penetrado pelos colonizadores em busca de riquezas materiais. Como passado, presente e futuro convergem no Kwanza, a água surge como como um material que une todos os seres animados e inanimados na partilha das consequências das suas ações, entrelaçando fluxos sociais, culturais, capitais e geofísicos.

O filme acompanha a jornada de uma heroína do nascer ao pôr do sol, confrontada por sua própria sombra e por diferentes temporalidades e micronarrativas, propondo uma contra narrativa composta pelas complexas biografias que se sobrepõem e interagem. A água enquanto elemento da memória evoca temporalidades cíclicas ou em espiral: “Caminho Para As Estrelas” articula um tempo-espaço que não é fixo, mas que se conecta e flui com a matéria, e funciona estrutural e conceptualmente como um rio que ao se ramificar desvenda metáforas e distintas camadas de histórias. A paisagem sonora que o complementa, composta por Xullaji, colaborador de longa data de Mónica de Miranda, amplia a construção destes sentidos.

Com este conjunto de obras, Mónica de Miranda explora diversas formas de pensar a subjetividade humana, a linguagem e a política, desafiando-nos a pensar sobre as múltiplas dimensões do humano e sua relação com o meio que nos cerca, e a reflectir de que forma questões históricas, políticas e sociais exacerbam as questões ambientais. O uso de alegorias introduz uma cosmovisão particular e diferentes ontologias enraizadas nas experiências afrodiaspóricas. Em “Caminho Para As Estrelas” o “território” não é entendido como o rio, a terra, as florestas e os habitantes desse ecossistema, mas como um espaço permeável onde ocorrem as relações entre o homem e o meio ambiente. É também história, memória, cultura e espiritualidade – o espaço onde as identidades individuais e coletivas são construídas e existem em constante transformação.

Num momento em que a humanidade enfrenta vários desafios, como aumento da discriminação, guerras e desastres ecológicos, Mónica de Miranda abre discussões significativas sobre pertença. Na sua proposta mais ampla de revisão histórica, o projecto propõe um lugar de transposição e de reinvenção da identidade pessoal e cultural, e cria uma oportunidade de compartilhar e buscar direções futuras por meio da reflexão criativa e da imaginação.

Paula Nascimento

Curadora

Biografia da artista

www.monicademiranda.org